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DJ e Produtor Angolano Lua Silva Faz Música Afro House Que Celebra a Cultura Angolana.

"KUTCHE ITANA" é o mais novo single de Lau Silva e a terceira música do DJ e produtor angolano que eu dancei. Como fã de Afro-house, eu amo o som que vem de Angola e sempre busco por ritmos que me animem a dançar. Há uma familiaridade nos ritmos e melodias que vêm de Angola, frequentemente eles me lembram das melodias e ritmos da música calypso e soca do Caribe.


Descobri o Afro-house angolano por volta de 2014 e imediatamente me apaixonei pelo som. Minha jornada para o Afro-house angolano começou com a house music de Nova York, algo que ouvia no rádio enquanto crescia nos anos 90. A partir da house de Nova York, fui exposto a outros subgêneros na minha busca por batidas dançantes.


Me tornei fã de house tribal, depois passei para o UK House/Garage/Disco House, em algum momento descobri o Trance (como o de Paul Van Dyke, etc), Drum & Bass, Soulful House e, por último, o House Sul-Africano. Foi através do house sul-africano que descobri o Afro-house angolano. Cada gênero tinha seu apelo, mas foi o house sul-africano e o Afro House angolano que realmente me falaram com o meu coração. Quando ouvi os ritmos da África do Sul e de Angola, foi difícil conter meu desejo de me mover de maneira ancestral.


É provável que eu tenha ouvido a música de Lau Silva durante meus anos iniciais de introdução ao Afro House angolano. Naquela época, não me lembro de me focar num artista específico ou numa faixa, em vez disso, eu estava mais interessado em quais DJs tocavam sets que eu mais gostava. Comecei a minha jornada para aprender a dançar Kuduro/Afro House angolano, passei a prestar mais atenção nos artistas e produtores que criavam faixas empolgantes. O sucesso de Lau, "Uthanda Mina", chamou minha atenção. Geralmente, uma música fala comigo quando ela entra completamente no meu corpo e me inspira a me mover. E foi  na primeira batida de "Uthanda", que eu  fiz um vídeo de dança. Então, vários meses depois, ouvi "Siga La Luna" em um mix e imediatamente me chamou a atenção, e tomou conta de mim de forma  semelhante e o desejo de me mover. Procurei em todos os lugares pela música mas sem sorte. Ela não aparecia no Shazam e o mix não listou as faixas (por favor, DJs, adicionem uma lista de faixas ao emitir mixes). Não foi até em 2023 que a música ressurgiu em outros mixes e consegui identificá-la. Neste momento, comecei minha jornada como professor de dança de Kuduro e sabia que precisava apresentar essa música aos meus alunos com uma sequência bonita.

 

Avançando para 2024 e Lau está de volta com o envolvente "KUTCHE ITANA", uma faixa Afro House ancestral que realmente adorei. Conversei com o DJ e produtor para saber mais sobre ele, seu som e o Afro House angolano.


AFROCONEX: Lau, obrigado pelo seu tempo. Você pode se apresentar ? a quanto tempo você é DJ e como você descreveria seu som?

LAU SILVA: Olá, eu sou o Lau Silva. DJ e Produtor Angolano, residente em Luanda/Angola.

E sou Dj há 20 anos, Profissional há 12. E tenho como estilo característico o House Music, mais propriamente o Afro House.


AFROCONEX: Sua nova música KUTCHE ITANA é linda. Eu adoro o canto melódico da faixa que combina bem com o ritmo de compasso medio. Os vocais acrescentam uma identidade exclusivamente angolana à música. Qual foi a inspiração para a música, por que você incluiu esse tipo de vocal e o que significa KUTCHE ITANA?

LAU SILVA: Obrigado. Busco sempre como minha inspiração os elementos africanos, que tenho estado a explorar. Desde os vocais aos instrumentos. Os ritmos africanos são ricos, e é neles que tenho estado a viajar.


Kutche Itana significa: Quando amanhecer, vai cobrar.


Eu poderia descrever a minha música a Kutche Itana como um “inédito”. Porque foi, e tem sido um grande desafio pra mim, cada música produzida. Porque busco sempre algo novo e com pessoas novas. Portanto, cada música é uma música. Uma nova experiência, um novo desafio.


AFROCONEX: No mundo da dança as pessoas estão familiarizadas com as batidas mais rápidas do Afro House Angola, como Júnior No Beat, Dj Aka M, Vado Poster, etc. Poucos sabem que Angola produz música Afro House como KUTCHE ITANA. Na minha opinião há confusão entre os 2 sons. Você pode nos ajudar a esclarecer quais seriam as diferenças entre os dois sons do Afrohouse que estão saindo de Angola?

LAU SILVA: A maior parte dos produtores de cá, tem feito uma confusão entre o Kuduro e o House Music, ou seja, muitos desconhecem o verdadeiro House. Daí essa confusão. Os nomes que citaste, na minha humilde opinião, não produzem House Music ou Afro House “no caso”. Produzem sim Beats do Kuduro, mas numa velocidade mais reduzida.

Já o afro House exige um bocadinho mais, desde vocal (história a ser contada), linha melódica, e velocidade específica, que varia entre os 120/125 BPM.


AFROCONEX: sobre o tema da música Afrohouse de Angola, se alguém quiser explorar o Afrohouse angolano, que músicas recomendaria para entender o som?

LAU SILVA: Assim como eu, existem muitos bons músicos e produtores que destacam o afrohouse. Então você poderia aconselhar a ouvir: 1) Filho do Zua - Homeboyz Azari, 2) Uthanda Mina - Lau Silva & Evstifller feat. Miss Ready 3) Siga La Luna - Lau Silva feat. Mario Suendes


Azari Filho do Zua -- Homeboyz


Uthanda Mina -- Lau Silva


Siga La Luna -- Lau Silva


AFROCONEX: organizou recentemente o evento Siga La Luna em Luanda. Conte-nos sobre o evento e sua visão/propósito para o evento?

LAU SILVA: Com este evento, pude ir a volta de Angola em fóruns, já participei em várias outras províncias mas em Luanda foi a primeira vez, e a experiência foi sublime. Foi um super evento. O propósito dele é unir Angola como um  só povo, uma só nação, mostrar as pessoas que somos/estamos juntos, e que o amor vence sempre.


AFROCONEX: O Afro-House angolano é excelente porque entrega um padrão rítmico que pessoalmente fala comigo. No entanto, no mundo da música Afro House/Afrotech, a África do Sul domina, o que acha que é necessário para dar a Angola mais visibilidade no cenário global para a música Afro House?

LAU SILVA: Primeiramente desejamos valorizar as nossas raízes. Mostrar a nossa originalidade, porque África é rica, e temos muitos elementos que o mundo desconhece, então precisamos ir em busca disso e levar para o mundo. Tal como os nigerianos têm feito com a sua música, eu tenho tentado fazer com a nossa. Explorar nossos dialetos, adicionar os instrumentos africanos no Beat e incluir as nossas danças tradicionais nos vídeos.


AFROCONEX: A dança tem sido uma poderosa ferramenta de marketing utilizada para impulsionar a popularidade da música. A música afro-beats/afro pop da Nigéria e de Gana cresceu em popularidade graças aos vídeos de dança virais que os dançarinos criaram para várias músicas. Da mesma forma, a música Amapiano está experimentando uma ascensão meteórica por causa de vários movimentos de dança e desafios feitos para as músicas. Embora as danças feitas com músicas específicas tenham sido tradicionalmente uma táctica do Kuduro, acredita que pode ser feita uma ponte entre a cultura da dança Kuduro/Afro House de Angola e a cultura da música electrónica vinda de Angola?

LAU SILVA: Sim, acredito q sim. Sendo o Kuduro um estilo representativo cá e q por sinal carrega uma energia contagiante, acredito q sim q seja sempre uma mais valia implementa-la a música eletrônica


AFROCONEX: como as pessoas podem manter atualizada sobre as suas músicas e tudo mais sobre Lau Silva?

LAU SILVA: Acessando as redes sociais poderá estar atualizado sobre tudo.

Instagram: @lausilva_official 

Tiktok: @lausilva_oficial

Spotify: Lau Silva


Confira esses mixes de Lau Silva







É claro que eu pessoalmente tive que dançar a música de Lau.




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